quinta-feira, 2 de maio de 2013

Faz tempo

Faz tempo que não venho aqui, mais de um ano...
Senti falta de escrever, mas o tempo...
É mais fácil escrever quando estou triste, ou com medo e hoje estou com muito medo.
Uma pergunta paira no ar: "o que vai ser da minha vida?"
Eu estou aterrorizada e não há ninguém com quem possa contar.
Pior, tenho que fazer de conta que tudo está bem, pelos meus filhos e porque preciso continuar trabalhando. E, como dói, cuidar das feridas alheias tendo as próprias abertas, escancaradas e sendo cutucadas.
Meu destino é incerto, e eu carrego comigo a imensa responsabilidade de cuidar de dois filhos. Eu tenho medo, muito medo, do futuro.
Às vezes eu me pergunto porque minha vida não teve um caminho normal? Vejo as pessoas vivendo suas vidas, realizando sonhos, comprando suas casas e carros, viajando, e penso: "aonde foi que eu errei?".
Alguém, por favor, me responda: aonde foi que eu errei?
Ou melhor, não responda. Eu sei das minhas escolhas, mas nunca o fiz para errar, eu só queria ser feliz.
Tudo o que eu fiz, até hoje, e porque eu queria muito ser feliz.
A felicidade é para poucos.
Viver é para poucos, a maioria sobrevive... eu sobrevivo.
Não quero esse destino para os meus filhos. Estou tentando mudar, mas é muito difícil.
Enquanto isso a vida passa e eu me sinto assistindo pela janela, vendo as pessoas brincando lá fora, rindo e se divertindo, enquanto estou confinada aqui dentro... aqui dentro de mim...


sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Decepção

Eita como dói...
Dizem que vc só se decepciona porque espera demais das pessoas.
É verdade.
Quando voce acredita que alguém é de determinada forma... sei lá, tavez a gente só veja mesmo o que quer ver e a realidade das coisas é bem diferente.

sábado, 30 de abril de 2011

Auto depreciação e coisas afins


Quero aqui registrar meu protesto contra meus colegas psicólogos. Não todos, apenas alguns que fazem questão de depreciar a psicologia e a prática clínica.
Nos últimos dias ataquei e fui atacada publicamente, pelo facebook, por uma "sinhazinha pseudo-filósofa" preconceituosa que disse irritar-se com psicólogos e que achava que todos do mundo psi (como ela chamou) são meros imbecis que "se acham" (termo filosófico altamente relevante).
Depois de bater boca com a dita cuja e trocar algumas ofensas percebi, em meu próprio perfil, uma colega que reafirmava a idéia de que a psicologia é algo banal e de almanaque.
Queridos psis, o que acontece com a nossa categoria? Será que na ânsia de projetar-se profissionalmente, no melhor estilo "quero ser Gaiarsa", perdemos a essência do que realmente somos? Vender a alma para dar uma entrevista para revistas femininas em artigos de intenção duvidosa? Dar opiniões vazias, fora de contexto, sem o mínimo fundamento, só pra ter o nome impresso num periódico?
Depois reclamam que ninguém nos leva a sério.
Publicações do tipo: "Quer saber se vc é introvertido ou extrovertido (de acordo com a teoria tipológica de Jung)? Mande-me um e-mail e receba o questionário". O QUE É ISSO??? Alguém pode me responder???
Outra interessantíssima foi "Cruzadas Psicológicas: as primeiras três palavras que vc encontrar te definem". Definem o que??????
Vamos tomar consciência de que se a psicologia é mal vista e os psicólogos são vistos como loucos, relativistas, desnecessários e etc é porque existem profissonais da área que depreciam a própria profissão, fazem da psicologia uma brincadeirinha de marcar "x" e descobrir sua personalidade
Cadê a seriedade e o profissionalismo??

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Tudo na vida tem um propósito?

Não estou falando de Deus, ou de qualquer crença ou misticismo.
Não estou falando de energia, universo, o algo transcendente. Embora respeite muito quem pensa assim, não é meu objetivo aqui levantar bandeiras ou defender pontos de vista.
É apenas uma pergunta simples.
Tudo na vida tem um propósito?
Confesso que quero muito acreditar que sim, seria um enorme consolo pensar que há um objetivo maior na vida e no significado de tudo o que vivemos. Os sofrimentos, as desilusões, adquiririam outra perspectiva diante da existência.
Quem me conhece sabe que recentemente passei por uma cirurgia um pouco chata. Um dia antes da internação foi a festa de aniversário do meu filho mais novo (5 anos). Não fiquei ansiosa e sequer tive medo de morrer, mas pensei nisso.
E se eu morrer amanhã??
Pensei nos meus filhos, ainda pequenos, sem mãe. Como seria a vida deles? O que aconteceria?
Tive, ainda, a vaga idéia de chamar minha melhor amiga e recomendar algumas coisas que gostaria que fossem cumpridas caso passasse dessa pra melhor, mas não o fiz. Resolvi confiar que viveria e que se morresse, as coisas de alguma forma se ajeitariam. Não morri.
Sofri um pouco, mas cá estou, inteira novamente (ou quase).
Depois de tudo resolvi reformular a vida, algumas coisas que não estavam a contento deveriam ser alteradas. E então comecei minha empreitada rumo a uma vida mais organizada, mais regrada, mais tempo para os filhos, menos trabalho, guardar dinheiro pra viajar, etc.

Uma vez um amigo disse que Deus às vezes insiste em nos colocar de joelhos, não sei se ele tinha razão. Mas sinto que em determinados momentos vem a prova de força, outra de resistência e outras que não saberia nomear.

Bem, nestes últimos dias tenho estado muito triste. Se tudo na vida tem um propósito, talvez tenha encontrado o motivo de ter me formado psicóloga e mãe. Tenho enfrentado as agruras de uma mãe que descobre que o filho é deficiente auditivo... nunca achei que uma palavra fosse tivesse tanto peso... deficiente.
Eu me sinto assustada, perdida, frágil e me cobrando uma força e positividade que, sinceramente, não sei se tenho.

Se tudo na vida tem um propósito?
Honestamente, espero que sim.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Stay on these roads





Então um dia você acorda e percebe que tudo aquilo que estava tão certo, tão organizado, tão supostamente bonitinho, foi para o ralo.
Sua vidinha modesta e pequena estava toda encaixadinha, tudo previsto e justo... cabum... virou pó.
Ok. Você precisava rever alguns conceitos, já havia pensado nisso milhares de vezes e sempre protelava pra outro momento, afinal nada tão urgente que não pudesse ser adiado alguns aninhos. Algumas mudanças podem ser boas, uma coisa aqui outra ali, nada muito radical... apenas ajustes, pequenos ajustes e tudo ficaria perfeito.
Não, não... perfeito é uma palavra muito forte, quase perfeito é ideal.
Seu corte de cabelo é o mesmo desde os 20 anos, você conserva bem as roupas, seu corpo não mudou muito. O rosto talvez, umas ruguinhas a mais, mas está bem conservada. Não tem muito estilo ou charme, mas tem personalidade... sempre teve e sempre acreditou que essa é uma característica forte e que te define.
Você é, acima de tudo, uma sobrevivente... a vida te põe de joelhos mas você levanta e se orgulha disso.
Vamos ver se sobrevive a mais esta.