terça-feira, 27 de maio de 2008

Felicidade, ainda que tardia

Em meio a tantas coisas pra fazer, cá estou eu. Depois de um longo intervalo, volto a escrever memórias mas nem tanto.
Não consigo me concentrar pra fazer os relatórios que preciso, pois alguma histórias martelam minha mente e aí a atenção vai pro saco (que eu não tenho), e fico aqui ruminando lembranças.
Acabamos de sair de um feriado prolongado, viajei com as crianças. Só eu sei como me custa dirigir em estradas, embora adore sair de São Paulo. Tudo de praxe, malas feitas, doses de dramim para evitar surpresas e vamos lá. Destino Cravinhos, proximidades de Ribeirão Preto, calor de matar, três horas e meia (com sorte), três dias parecem curtos demais. Colo de mãe, casa da vovó, comida à rodo, interiorzão, quermesse do padre, bingo, pescaria, bola na boca do palhaço... milho verde, milk shake, trenzinho da alegria pra criançada.
Tudo deveria ser alegre e gostoso, e é. Mas algo em mim vive numa nostalgia não muito clara. A nostalgia da criança que não quer crescer. Ali me sinto pequena, frágil, menina.
Remonto minha infância e adolescência, e quando olho para os meus filhos, parece que não são meus. É como se não tivesse crescido. Sensação estranha que só vai embora quando tenho que voltar... e, mesmo assim, demora...

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