quinta-feira, 23 de julho de 2009

Don't worry. Be Happy.

Como é difícil despreocupar-se, deixar que as coisas aconteçam no seu próprio ritmo.
Para uma pessoa como eu é praticamente impossível. Não que eu não tente, eu tento.
Por exemplo, neste exato momento cai uma chuva torrencial lá fora e eu estou aqui tentando escrever pra aplacar a angústia de um enfrentamento.
Não gosto de confusão e brigas, prezo a clareza. Acredito que devemos falar dos sentimentos, expressá-los sem medo, mas ainda nos arraigamos à falsa idéia de que isso nos torna frágeis e vulneráveis.
Não sou frágil, tampouco vulnerável, nunca me vi assim, mas também nunca pensei ser uma fortaleza. Eu apenas me defendo muito bem, foram anos precisando agir dessa maneira pra não ser chutada como cachorro morto.
Eu só quero a oportunidade de viver minha vida. É pedir muito?
Sei que não fiz as coisas da melhor maneira, tudo podia ser muito diferente, mas não é.
Nem Clark Kent pode me salvar girando o planeta ao contrário e voltando no tempo. Nesse ponto penso como Rubem Alves: "se pudesse viver minha vida novamente faria tudo exatemente como fiz até hoje". Eu sou o resultado de tudo o que vivi e, confesso, gosto muito do que vejo no espelho.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Mazelas cotidianas

Sábio Chico!

Quem não sofre pelas mazelas cotidianas? Coisas feitas sempre da mesma maneira, repetidas e repetitivas vezes.

Determinadas pessoas nunca mudam a maneira de agir e de pensar, criam uma resistência e uma rigidez na vida que as impede de ser criativas, de ousar, tentar coisas novas, perder o medo.

Ou simplesmente acomodam-se em comportamentos esperados, pré determinados por uma dinâmica de funcionamento dos relacionamentos que vive.

Freud disse sobre a compulsão à repetição: "repetir para elaborar", mas certas coisas ultrapassam o limite da elaboração e passam para o campo da teimosia e da queda de braço, do "vamos ver quem pode mais".

Ainda há a cegueira, essa é das piores, pois o indivíduo simplesmente não vê ou não relaciona sua atitude com a consequência dela, portanto não muda de atitude. Acha que a culpa é do mundo, do vizinho, do sistema... nunca dele.

Eu sou uma pessoa irritada, nervosa. Algumas coisas pequenas (eu sei) acabam com o meu dia, como por exemplo, repor papel higiênico. Não existe nada de maior mal gosto do que entrar no banheiro da sua casa e perceber que aquele que veio antes de vc não teve a decência de pensar em quem viria depois. Acho isso de uma desconsideração imensa.

Vc pode pensar: "que besteira", ou talvez tenha se identificado e até fique bravo com isso como eu, ou até pode ser um daqueles que nunca repõe o papel e ria dos que se icomodam com isso. Se vc é desse último tipo tenho algo a te dizer: espero, sinceramente, que na próxima ida ao banheiro vc encontre um de seus semelhantes e que seja obrigado a vestir sua roupa íntima sem o devido cuidado e asseio que lhe é peculiar.

Parece que o aprendizado pela dor é a escolha de alguns.

Eu tomei uma decisão. Vou tirar as revistas do banheiro e vou escrever um manual de conduta e procedimento para os usuários, quem sabe assim a coisa muda.