quarta-feira, 9 de abril de 2008

o primeiro capítulo da novela

Numa dessas noites de insônia lembrei de histórias, coisas que vivi. Esse negócio de escrever auto-biografia mexe com a cabeça da gente.
Queria postar mais, às vezes fico com medo do que minha memória vai trazer. Que coisa! Medo das lembranças... na realidade medo dos fantasmas... mas já que me propus a fazer isso, devo ser corajosa.
Lembrei do primeiro namorado...rsrsrsrs
Sequer lembro o nome do dito cujo, mas lembro das feições e do jeito. Lembro de sensações e mal estares.
Foi no meu aniversário de 14 anos (precoce eu??!!). Fiz uma festinha no salão de festas do prédio e pedi que minha mãe não participasse, seria a primeira festa sem a sua participação, mas tal fato seria determinante aos acontecimentos. Todos os meus amigos tinham medo da minha mãe, muito séria, autoritária, daquelas que vai te buscar na rua de pijama e lenço na cabeça se vc demora ou perde a hora. Vergonha total para uma adolescente.
Bem, estavam lá algumas amigas e alguns meninos que moravam nas redondezas e que faziam parte da turminha.
Não sei bem como aconteceu, pois eu nem o paquerava. Uma das minhas amigas gostava dele, mas quando percebi já tinha beijado. Foi o primeiro beijo... sem graça, desajeitado, sem gosto, meio esquisito, sem tesão, sem atração... e dali surgiu um namorico que durou pouco, e pelo qual tive que pedir muitas desculpas a essa minha amiga que gostava dele.
Não fui mal intencionada, não quis roubar o namorado dela, apenas a curiosidade de beijar é que me moveu. Não pensei nas consequencias e que poderia magoar outra pessoa, mas o fiz, é fato.
Minha mãe, obviamente, surtou quando soube do namoro e me obrigou a terminar.
Minha simpática irmã mais velha colocou todos os apelidinhos pejorativos que pôde inventar no pobre do garoto.
E eu... fiquei ridicularizada, perdi a confiança das amigas, e sem namorado.
Bela história!!
Vejam como comecei com o pé direito minha vida afetiva.
Ah! Paulo, o nome dele era Paulo.

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